Ataque cardíaco: entenda como ocorre um infarto e como se prevenir
As doenças cardiovasculares são doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos e representam a maior causa de mortes no mundo todo. Quando a doença afeta os vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco é chamada de doença coronariana.
A forma mais grave de doença coronariana é o ataque cardíaco, quando há um bloqueio que impede que o sangue flua para o coração.
Todo mundo já ouviu falar desse problema, mas nem todos sabem como ele ocorre e como se prevenir. Acompanhe o texto para descobrir! Boa leitura!
O que é um ataque cardíaco?
O coração humano recebe oxigênio e nutrientes por meio das artérias coronárias, vasos responsáveis por irrigar esse órgão. São essas artérias que são inicialmente atingidas quando ocorre um ataque cardíaco.
O ataque cardíaco — também conhecido como infarto do miocárdio — é uma condição na qual há bloqueio do fluxo de sangue oxigenado para o músculo cardíaco, devido a uma obstrução em alguma artéria coronária. Por causa dessa falta de sangue, o músculo entra em um processo de hipóxia (baixa oxigenação nos tecidos), o que pode levar a danos ou morte das células.
O bloqueio da artéria acontece devido à junção de coágulos de sangue com placas de gordura na parede do vaso sanguíneo. Esse acúmulo aumenta gradualmente, até o ponto no qual o sangue não consegue mais fluir e há um interrompimento súbito da corrente sanguínea.
O infarto pode acontecer em diferentes partes do coração, de acordo com a artéria coronária que foi obstruída.
Quais os principais tipos de infarto existentes?
Existem 5 tipos de infarto.
Tipo 1
O infarto do tipo 1 é o mais comum, e ocorre quando há um acidente com uma placa de ateroma (acúmulo de gordura da camada interna da artéria) em alguma artéria coronária. Essa placa sofre uma erosão, ruptura, fissura ou dessecação, levando à formação de um coágulo de sangue que bloqueia o fluxo sanguíneo. O ataque ocorre espontaneamente.
Tipo 2
O tipo 2 acontece quando há um desequilíbrio entre o consumo e a oferta de oxigênio para o músculo do coração. Pode acontecer devido ao aumento da procura por oxigênio ou à diminuição da oferta, que acontece em situações como:
- após cirurgias não cardíacas;
- embolia coronária;
- anemia profunda;
- crise tireotóxica (excesso de circulação de hormônios da tireoide);
- hipertensão elevada ou hipotensão;
- arritmias cardíacas.
Tipo 3
O infarto tipo 3 é conhecido também como infarto fulminante, que leva à morte súbita antes que algum tratamento possa ser realizado. O exame posterior à morte demonstra isquemia cardíaca (diminuição de oxigênio para as células cardíacas).
Tipo 4
O infarto tipo 4 é aquele que acontece após a pessoa realizar uma angioplastia coronariana (procedimento cirúrgico realizado para a desobstrução das artérias coronárias e restabelecimento do fluxo sanguíneo normal) ou colocação de stent na coronária (tubo minúsculo, expansível e em forma de malha para desobstruir a artéria).
Na angioplastia, a destruição de uma placa de gordura na artéria pode gerar fragmentos que obstruem vasos menores próximos. Após a colocação do stent, pode ocorrer uma formação de trombo sanguíneo em volta da própria peça.
Tipo 5
O infarto tipo 5 é aquele que acontece após a pessoa realizar uma cirurgia de revascularização do miocárdio, conhecida também como cirurgia de ponte de safena.
Essa cirurgia é realizada quando há obstrução de alguma coronária. Uma parte da veia safena da perna é retirada para criar uma ponte entre a aorta e os vasos do coração, restabelecendo o fluxo sanguíneo.
Quais os sintomas do infarto?
Nem todo ataque cardíaco apresenta sintomas imediatos, o que torna o problema ainda mais perigoso. Quando aparecem, os sintomas podem durar de minutos a horas, ser fracos ou intensos, desaparecer ou surgir novamente. São divididos entre clássicos e atípicos.
Os sintomas clássicos são:
- dor ou desconforto na região peitoral que pode irradiar para costas, rosto, braço esquerdo e braço direito (raramente);
- sensação de peso ou aperto sobre o tórax;
- suor frio;
- desmaio.
Os sintomas atípicos são mais incomuns e aparecem mais em mulheres, incluindo:
- falta de ar;
- enjoo e vômito;
- azia;
- fadiga excessiva.
Como esses últimos sintomas não são comumente relacionados com o infarto, podem ser confundidos com outras doenças.
Quais as causas do ataque cardíaco?
A principal causa do infarto é a doença arterial coronariana, que acontece quando há acúmulo de substâncias — como o colesterol — na parede das artérias, levando à formação de placas de ateroma. O ataque cardíaco acontece quando há bloqueio de uma ou mais artérias por essas placas.
A pessoa começa a apresentar sintomas do bloqueio das artérias quando algum vaso importante passa a ter mais de 70% da sua luz obstruída. As outras causas menos comuns do infarto são:
- espasmo de uma artéria coronária, após o uso de drogas como cocaína;
- diminuição severa do fluxo sanguíneo para o coração, quando há hipotensão acentuada;
- interrupção do fluxo sanguíneo por um coágulo que veio de outra parte do corpo.
Quais os fatores de risco?
A lista de fatores de risco para o acontecimento de um infarto é longa, incluindo tanto fatores que não podem ser modificados, como outros modificáveis. Eles são:
- idade igual ou superior a 65 anos;
- sexo masculino;
- menopausa;
- hereditariedade;
- histórico de pré-eclâmpsia ou doença autoimune;
- tabagismo;
- colesterol alto;
- hipertensão arterial;
- sedentarismo;
- obesidade;
- diabetes;
- estresse;
- alcoolismo;
- uso de drogas.
Como é feito o tratamento?
O tratamento do ataque cardíaco é feito por meio de procedimentos mecânicos ou cirúrgicos e tratamento medicamentoso.
Os procedimentos que podem ser realizados incluem a desfibrilação e procedimentos cardíacos, realizados por cateterização ou cirurgia direta. Os medicamentos para infarto incluem:
- trombolíticos: ajudam a quebrar coágulos sanguíneos;
- agentes antiplaquetários: impedem a formação de outros coágulos;
- analgésicos: para aliviar a dor e desconforto;
- ácido acetilsalicílico: ajuda a manter o fluxo sanguíneo nas outras artérias coronárias que não estão obstruídas;
- nitroglicerina: medicamento que dilata os vasos sanguíneos e melhora o fluxo sanguíneo no coração;
- betabloqueador: medicamento que ajuda a relaxar o músculo cardíaco.
Como se prevenir de um infarto?
A prevenção é sempre o caminho mais importantes para evitar diversas condições de saúde, o que não é diferente para o ataque cardíaco. Alguns fatores de risco para o infarto não podem ser modificados, porém há outros nos quais podemos interferir e reduzir a chance de acontecimento do problema.
Algumas dicas para prevenir um infarto são:
- controle o peso e mantenha uma alimentação saudável;
- realize exercícios físicos;
- tenha um bom manejo de outras doenças crônicas, como diabetes e hipertensão;
- pare de fumar e reduza o consumo de álcool;
- realize check-up periódicos com médicos generalistas e cardiologistas.
O ataque cardíaco é uma condição de saúde muito séria, que pode levar à morte dependendo da sua gravidade ou do tempo até o tratamento ter início.
Manter um estilo de vida saudável e realizar acompanhamento médico rotineiro são as melhores formas de prevenção. Então, não perca tempo e marque uma consulta com um de nossos especialistas!
março 27, 2019 às 1:14 am
Gostei muito desta matéria…eu já tive um bloqueio