Apneia do sono: saiba quais as doenças relacionadas à esse problema
Uma noite bem dormida faz com que alguém acorde muito mais disposto para um novo dia, certo? Não à toa, um sono de qualidade é fundamental para restaurar as condições de funcionamento do organismo, garantindo que ele seja protegido de quaisquer disfunções metabólicas e hormonais. Quem tem apneia do sono, assim, sofre com problemas para dormir.
Hoje, segundo informações da Associação Brasileira do Sono, uma em cada três pessoas, no país, é portadora dessa condição. Sua predominância chama mais atenção entre homens idosos, especialmente aqueles que apresentam outras doenças, tais quais hipertensão.
Para conhecer mais sobre esse distúrbio, continue a leitura de nosso artigo abaixo.
O que é apneia do sono?
Conhecida como síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), trata-se de uma doença crônica em que os indivíduos sofrem de uma condição na qual a garganta, obstruída, gera pausas respiratórias de cerca de dez segundos, as apneias, em que ele precisa despertar para permitir a passagem de ar até os pulmões.
Assim, quem convive com a doença se levanta diversas vezes, durante a noite, o que o impede de ter um sono profundo, capaz de restaurar suas funções vitais.
As quedas e retomadas rápidas da oxigenação sanguínea configuram, além disso, fator de risco para diferentes doenças cardíacas e vasculares, tais quais pressão alta, crescimento do coração e aterosclerose.
Quais suas causas e sintomas?
Há alguns fatores de risco que favorecem o desenvolvimento da apneia do sono, como obesidade — já que aumenta a quantidade de tecido mole na garganta, obstruindo a passagem de ar —, língua grande, presença de amígdalas e queixo pequeno.
Se o paciente apresentar sintomas como roncos, excesso de sonolência durante o dia, despertar com impressão de sufocamento e garganta seca, a suspeita de apneia também aumenta.
Como se dá o diagnóstico?
O diagnóstico da apneia do sono é feito com base no histórico clínico do paciente, somado a exames físicos e à polissonografia, um teste em que se faz registro de sono.
Nele, é possível monitorar essa atividade de descanso a partir da utilização de equipamentos eletrônicos. Dessa forma, o teste gera dados sobre a atividade muscular, respiratória e cerebral do paciente enquanto dorme.
Quais os riscos de ter apneia do sono?
Quando o sono é precarizado, o que também ocorre em casos de insônia, pode haver redução de memória, dificuldade de concentração, sonolência e indisposição durante o dia, diminuição de ganho de massa muscular, depressão e ganho de gordura corporal.
Além disso, a apneia aumenta os riscos de desenvolvimento de pressão alta, já que agrava males cardiovasculares ao ativar, exageradamente, o sistema nervoso autônomo. Outro fator preocupante é a hipóxia, ou seja, a diminuição de oxigenação sanguínea, capaz de levar a um estresse oxidativo que deixa os rins mais suscetíveis a problemas como insuficiência.
A SAOS também abala a imunidade, já que impede que o organismo tenha um sono restaurador e cria condições favoráveis ao desenvolvimento de pneumonia. A situação se justifica pelo fato de que a retomada súbita da respiração e de oxigênio faz com que seja mais fácil aspirar partículas maléficas, capazes de infeccionar os pulmões.
Como é o tratamento?
O tratamento da apneia do sono depende do estágio em que ela se encontra e de outras condições de saúde associadas a ela.
O principal objetivo, comum a todos, é manter a abertura da garganta e prevenir as quedas de oxigenação sanguínea.
Assim, o médico pode recomendar o uso de aparelhos no interior da boca para aumentar o fluxo de ar, fonoaudiologia a fim de fortalecer a musculatura da garganta, bem como medidas simples, tais quais evitar dormir de barriga para cima.
Por fim, vale lembrar que, embora a apneia do sono possa causar muito incômodo a seus portadores, uma vez diagnosticada e iniciado o tratamento, é possível controlar o distúrbio e restaurar a qualidade do sono e da respiração sem temer o agravamento da doença nem tampouco ter estresse durante a rotina devido a noites mal dormidas.
Interessa-se pelo tema e ainda tem alguma dúvida a respeito ou gostaria de compartilhar uma experiência conosco? Então, deixe seu comentário a seguir!